Antes, bariátrica só era permitida para pessoas com IMC a partir de 35. Número agora foi reduzido para 30. A entidade também ampliou o leque para adolescentes. CFM muda regra para bariátrica
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O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou as novas normas para a cirurgia bariátrica. Entre as principais mudanças estão a ampliação das recomendações, que vão permitir que pessoas com IMC menor e adolescentes façam a cirurgia.
➡️ As novas regras foram publicadas nesta terça-feira (20). Segundo a entidade, a mudança nas exigências tem como base estudos que comprovaram que é segura e eficaz em um leque maior de pessoas.
Mudança no IMC mínimo e comorbidades
Entre as principais mudanças estão a redução do IMC mínimo para a cirurgia. Agora, pessoas com IMC entre 30 e 35 passam a poder realizar o procedimento.
➡️ No entanto, para isso, é necessário apresentar algum quadro de saúde relacionado, como diabetes tipo 2, doença cardiovascular grave, apneia do sono grave, entre outros.
A resolução também deixa de restringir a idade e o tempo de convivência com a doença. Pelas regras anteriores, só podiam se submeter à cirurgia pacientes com até 10 anos de diagnóstico de diabetes, com mais de 30 e menos de 70 anos de idade.
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Adolescentes
No caso de adolescentes, com as novas regras, pacientes a partir dos 14 anos de idade podem fazer a cirurgia. Para isso, no entanto, eles precisam se enquadrar em caso grave de obesidade, com IMC acima de 40, que leve a complicações de saúde. Antes, a idade mínima era 16 anos.
Além disso, os adolescentes entre 16 e 18 anos também vão poder fazer a bariátrica e só serão exigidos os critérios já pedidos para adultos, como IMC mínimo e comorbidades.
Segundo o o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), a mudança é um avanço para o tratamento da obesidade no início da vida adulta.
“A gente conseguiu bons resultados em estudos que mostram que esse tipo de cirurgia não afeta o desenvolvimento nessa fase da adolescência e, com isso, vai ser possível atender esses pacientes. É um passo importante para controlar a obesidade e as doenças relacionadas para que esse adolescente não siga doente para a fase adulta”, explica o médico.
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