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Produto pode ser um grande aliado para a rotina de higiene oral
Semelhante aos instrumentos utilizados por profissionais, os irrigadores orais projetam jatos de água em alta pressão, auxiliando na remoção de resíduos, como placas bacterianas e microrganismos. Além disso, estimulam a gengiva, ajudando a prevenir cáries, mau hálito, gengivite e periodontite. Portáteis, esses aparelhos são facilmente encontrados no mercado em diversos modelos e faixas de preço.
A principal proposta do irrigador oral é proporcionar uma limpeza mais completa, alcançando áreas que a escova e o fio dental, sozinhos, não conseguem atingir. O produto é indicado para quem utiliza aparelho ortodôntico, possui próteses ou implantes. É também útil para as pessoas com pouca destreza manual ou alguma lesão capaz de dificultar a higiene bucal convencional.
A ortodontista Gabriella Xavier, docente do curso de Odontologia do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Juazeiro do Norte, defende que o irrigador oral seja um complemento à rotina, sendo associado à escovação correta, ao uso de fio dental e aos limpadores de língua. “Se o dente apresentar um espaçamento ideal, o instrumento pode ter uma boa eficácia. Mas é bom complementar para não ficar nenhum resto alimentar na região interdental. Se for muito apinhado (muito junto), o aparelho, sozinho, não terá a eficácia necessária. Depende do caso”, declara.
Contudo, é preciso cautela no uso do equipamento, limitando sua aplicação a, no máximo, duas vezes ao dia. É fundamental consultar um dentista para avaliar o caso e indicar o modelo mais adequado. Também é essencial manter visitas periódicas ao profissional para a prevenção de problemas e a promoção de uma melhor qualidade de vida.
Rotina correta
Para garantir a eficácia da higiene bucal, o ideal é começar com o uso do fio dental. De acordo com Gabriella Xavier, o correto é introduzi-lo entre os dentes, fazer um movimento de varredura lateral, retirá-lo e repetir o processo entre todos os dentes. Em seguida, deve-se realizar a escovação.
A recomendação é utilizar escovas de cerdas macias e tamanho pequeno, fazendo movimentos circulares na parte frontal e interna dos dentes. Nos posteriores, é preciso fazer o mesmo na parte superior dos molares.
A escovação também deve incluir as bochechas e a língua. Neste último caso, o ideal é realizar um movimento de varredura de dentro para fora. O uso do irrigador oral pode ser feito após a escovação, com os jatos aplicados entre os dentes. Para finalizar, utilize um raspador de língua e enxágue a boca com um antisséptico bucal.
A especialista alerta para a utilização moderada dos enxaguantes orais. “É importante evitar o uso contínuo para não comprometer a microbiota bucal e eliminar microrganismos benéficos, que atuam na defesa natural da boca. Outra dica é dar preferência aos produtos sem álcool”, orienta.
Pauta Lívia Monteiro, assessora de imprensa da UNINASSAU Juazeiro do Norte.