
Desde que foi divulgada, em meados de maio, a nova regulamentação da educação a distância (EAD) tem dominado os debates do setor privado de ensino superior.
A escolha por essas instituições se justifica pela disponibilidade de informações públicas e auditadas, o que torna a análise mais objetiva e confiável. No entanto, embora o recorte metodológico tenha se concentrado nesses grupos, os cenários, os riscos e os desafios apresentados são compartilhados por todas as 2.264 instituições privadas de educação superior do país. Segundo Osako, as mudanças implementadas pelo novo marco regulatório da educação a distância resultam em aumento de custos operacionais, na necessidade de reestruturação de polos e, em alguns casos, na interrupção de cursos com forte apelo de captação, como Enfermagem. Embora as ações das empresas de educação tenham se recuperado após a queda inicial provocada pela publicação da norma, e, em alguns casos, até superado os valores anteriores à regulamentação, o analista avalia que os impactos de médio e longo prazo podem ser significativos, especialmente para as instituições com maior dependência da modalidade EAD na composição de suas receitas. O que está em jogo, contudo, vai muito além da margem de lucro das empresas. Trata-se da sustentabilidade de um modelo educacional que permitiu o ingresso de milhões de brasileiros na educação superior.
Leia mais…