O secretário do Planejamento e Gestão do Ceará, Alexandre Cialdini, reuniu-se, nessa quinta-feira (22), com o representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Mariano Lafuente, para avaliar os avanços do programa Ceará Mais Digital, voltado à modernização digital do Estado. Durante o encontro, também foram discutidas as próximas contratações previstas no âmbito do projeto.
A reunião contou ainda com a participação da secretária da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará (Secitece), Sandra Monteiro, que apresentou iniciativas voltadas à construção de um ecossistema de inovação capaz de impulsionar o desenvolvimento regional.
Entre os destaques positivos do programa, está a ampliação dos serviços públicos digitalizados e automatizados. “Estamos trabalhando intensamente para melhorar o acesso e a disponibilidade dos serviços do Governo do Estado. Queremos que todos estejam na palma da mão, sem a necessidade de deslocamento do cidadão”, afirmou Cialdini.
O secretário ressaltou o aprimoramento das ferramentas Acesso Cidadão – que oferece login único para os usuários – e Ceará Digital, portal que reúne, em um só ambiente, todos os serviços digitais do Estado. Segundo ele, o Acesso Cidadão contabilizou, somente em 2024, 72.788 novos cadastros, totalizando cerca de 291 mil usuários. “Esse aumento significativo é atribuído, em parte, à continuidade do impacto positivo do programa Entrada Moradia, que tem atraído novos usuários à plataforma.”
Outro ponto levantado por Cialdini foi a integração do Acesso Cidadão com o portal de serviços do Ministério Público do Ceará e com o programa Meu Celular. “Essas incorporações facilitam o acesso dos usuários aos serviços e ampliam a integração com outras plataformas governamentais, fortalecendo a experiência digital do cidadão e promovendo maior usabilidade”, explicou.
Mariano Lafuente destacou a relevância estratégica e o pioneirismo do programa. “O Ceará Mais Digital foi o primeiro projeto aprovado por um poder executivo estadual. Está entrando no terceiro ano de execução e o BID tem o privilégio de apoiar o Ceará. O projeto tem tido entregas importantes na parte de conectividade e está apoiando a transformação digital do Ministério Público. Nossa próxima missão será no final de julho. O projeto para o banco é muito importante pela parceria de longa data com o Estado.”
Também participaram da reunião os gestores da Seplag Daniel Bentes (coordenador de Gestão Estratégica de TIC e Transformação Digital) e Deborah Mithya (coordenadora da Unidade de Gerenciamento do Programa).
Sobre o Ceará Mais Digital
Lançado em 2023, o programa Ceará Mais Digital tem duração prevista de 60 meses e abrange sete eixos principais: unificação dos canais de atendimento; Conectividade e cibersegurança; Transformação digital e interoperabilidade; Privacidade dos dados; Integração e exploração de dados; Competência digital; e Governança.
Além da Seplag-CE, o programa envolve o Ministério Público do Ceará (MPCE), a Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice) e a Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado
Missão do Promojud
Também nessa quinta-feira (22), o secretário Alexandre Cialdini participou da abertura da quarta missão de monitoramento do Programa de Modernização do Poder Judiciário cearense (Promojud), financiado pelo BID.
Ao lado do presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), desembargador Heráclito Vieira, Cialdini parabenizou o Judiciário pelas conquistas alcançadas por meio do Promojud. Segundo o secretário, essa modernização é fundamental para servir melhor à população cearense. “Nós, enquanto servidores públicos, temos o dever — e a honra — de servir à população. Tudo o que implementamos em termos de processos, ferramentas e diretrizes tem a finalidade de melhorar os serviços públicos. Essa é a nossa missão maior. É gratificante perceber que, da terceira para a quarta missão, os avanços se intensificaram. E a tendência é progredirmos ainda mais”, afirmou.
Para o presidente do TJCE, os resultados já permitem classificar o programa como exitoso, mesmo a um ano e meio de sua conclusão.“ Há uma redução acentuada no prazo médio de duração dos processos no Poder Judiciário como um todo e no segundo grau, em particular, essa redução do tempo de processo é impressionante. Há quatro anos, o tempo médio desde o ingresso até a baixa no Poder Judiciário era de quatro anos e três meses. Agora em abril, vimos que esse prazo caiu para dois anos e quatro meses, se contarmos dos processos suspensos.”
O chefe da equipe do BID, Mariano Lafuente elogiou a condução do Promujud pelo Tribunal. “É um projeto muito bem-sucedido, que tem tido uma excelente administração, planejamento e gestão. Além disso, praticamente todos os produtos foram entregues no prazo estipulado”.
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